domingo, 1 de fevereiro de 2015

Brasil ganha depois de 24 anos de jejum


Futebol de resultados de Parreira cala os críticos e conquista o tetracampeonato

A participação brasileira na Copa de 1994 não começou bem. A seleção sofreu para passar mesmo pelas eliminatórias sul-americanas, e a vaga só foi decidida na última rodada, contra o Uruguai, no Maracanã. Com alguns jogadores contundidos, o técnico Carlos Alberto Parreira foi "obrigado" a convocar Romário para a partida, e o atacante foi decisivo. Marcou dois belos gols e colocou o Brasil no Mundial.
Sem apresentar um futebol vistoso nas eliminatórias e nos amistosos, o Brasil chegou aos Estados Unidos desacreditado. Nos dois primeiros jogos, no entanto, o time mostrou consistência e tranquilidade para buscar o resultado. Venceu a Rússia por 2 a 0, gols de Romário e Raí, e Camarões por 3 a 0, com os gols de Romário, Márcio Santos e Bebeto.
Já classificado, o Brasil enfrentou a Suécia no terceiro jogo. Bem marcada, a equipe brasileira não teve boa atuação, e o placar ficou em 1 a 1. Romário fez o gol de empate e evitou a derrota.
Nas oitavas de final, o Brasil teve pela frente os donos da casa, justamente no dia 4 de julho, dia da independência dos Estados Unidos. O jogo foi truncado, com os norte-americanos fechados na retranca.
Leonardo agrediu Tab Ramos com uma cotovelada e foi expulso, tornando o confronto ainda mais difícil. Com um jogador a menos, a seleção venceu no sufoco, graças a um gol de Bebeto, após passe de Romário, no segundo tempo.
Contra a Holanda, nas quartas de final, o Brasil fez sua melhor exibição na Copa. Abriu 2 a 0, com gols de Romário e Bebeto. Permitiu a reação holandesa, mas se garantiu na semifinal com uma cobrança de falta perfeita de Branco, o "gol cala-boca", que o lateral dedicou a seus inúmeros críticos.
A Suécia cruzou o caminho brasileiro novamente na semifinal, mas dessa vez o Brasil dominou todo o jogo. Mesmo desperdiçando várias chances de gol, o time de Parreira venceu por um magro 1 a 0, com gol de cabeça do baixinho Romário.
A final colocou Brasil e Itália frente a frente 24 anos depois. Uma reedição da decisão de 1970, que definiu o primeiro tricampeão da história, o duelo consagraria dessa vez o único país a ganhar a Copa quatro vezes.
Com a bola rolando, o Brasil foi melhor, buscou o ataque, mas não conseguiu chegar ao gol em 120 minutos. Pela primeira vez, o título seria decidido nos pênaltis. E o time brasileiro foi mais competente. Taffarel defendeu uma e viu Baresi e Baggio, principais estrelas italianas, chutarem para fora. O planeta bola se tornava novamente verde-amarelo.

quarta-feira, 23 de julho de 2014

Dream Team


O Dream Team foi a seleção de basquetebol dos Estados Unidos que foi campeã da Olimpíada de Barcelona em 1992. Esse time era formado por grandes astros da NBA e foi o grande campeão, no seu titulo foi campeão sem não pedir nenhum tempo, invicto durante todo o torneio e com uma diferença de, no mínimo, 32 pontos.

Os Jogos em Barcelona 1992:
  • 116 a 48 - Angola - primeira fase
  • 103 a 70 - Croácia - primeira fase
  • 111 a 68 - Alemanha - primeira fase
  • 127 a 83 - Brasil - primeira fase
  • 122 a 81 - Espanha - primeira fase
  • 115 a 77 - Porto Rico - quartas-de-final
  • 127 a 76 - Lituânia - semifinal
  • 117 a 85 - Croácia - final 
O maiores jogadores de basquete todos os tempos foi formado naquele ano de 1992 pelos EUA para ganhar o Ouro Olímpico. Cada partida era um verdadeiro espetáculo! Veja quem eram os galácticos:

Elenco da Seleção Masculina de Basquetebol dos Estados Unidos:

Michael Jordan - Chicago Bulls

Christian Laettner - Duke University
David Robinson - San Antonio Spurs
Patrick Ewing - New York Knicks
Larry Bird - Boston Celtics
Scottie Pippen - Chicago Bulls

Clyde Drexler - Portland Trail Blazers

Karl Malone - Utah Jazz
John Stockton - Utah Jazz
Chris Mullin - Golden State Warriors
Charles Barkley - Phoenix Suns
Magic Johnson - Los Angeles Lakers


Veja as 10 jogadas mais bonitas dos astros americanos nas Olimpiadas 1992 em Barcelona:








































































quarta-feira, 16 de julho de 2014

Robert Scheidt, Medalha de Ouro em Atlanta 1996


Na Olimpíada de Atlanta, 1996, um fenômeno começou sua história no esporte olímpico brasileiro: Robert Scheidt. Aos 23 anos, Robert conquistou sua primeira de 5 medalhas olímpicas, ouro na classe Laser. De lá para cá, nas 5 Olimpíadas seguintes ele sempre subiu ao pódio: mais um ouro em 2004, duas pratas em 2004 e 2008 e um bronze em 2012. As duas últimas medalhas vieram na classe Star, ao lado de Bruno Prada.

Em 1996 a campanha de Robert foi espetacular.  Em 11 regatas venceu 3 vezes, obteve duas vezes o 2º lugar, duas vezes o 3º lugar, uma vez um 6º, uma vez um 7º e uma vez um 9º lugar. Na última regata foi desclassificado junto com seu principal rival Ben Ainslie. Robert terminou com 26 pontos perdidos contra 37 de Ainslie. Com o bronze ficou Peer Moberg da Noruega. 

Como a classe Star não estará na Olimpíada de 2016, Robert voltou a competir na Laser. Já tem obtido bons resultados internacionais. Não se duvide que até 2016 vai estar novamente brigando pela 6ª medalha olímpica.  

quarta-feira, 25 de junho de 2014

Brasil Copa de 1958 primeira taça



Na Copa da Suécia, o Brasil finalmente superou o trauma de 1950 e se tornou campeão do mundo. Com um futebol ofensivo, a seleção venceu cinco das seis partidas, marcou 16 gols e sofreu apenas quatro.
Na estreia, contra a Áustria, a seleção não jogou tão bem, mas mesmo assim conseguiu vencer por 3 a 0, com dois gols de Mazzola e um de Nilton Santos. Na segunda rodada, o único empate, um 0 a 0 contra a Inglaterra - o primeiro jogo sem gols da história das Copas.
Para a terceira partida, contra a forte equipe da União Sovética, o técnico Vicente Feola resolveu mexer no time, colocando os atacantes Garrincha e Pelé. Três minutos bastaram para mostrar do que essa equipe era capaz.
Uma bola na trave, dois chutes bem defendidos pelo lendário goleiro Yashin e um gol de Vavá. Tudo isso sem a União Soviética conseguir passar do meio de campo. O Brasil pressionou tanto que conseguiu outro gol, aos 31min do segundo tempo, novamente com Vavá.
Contra o País de Gales, nas quartas de final, o Brasil teve o seu jogo mais complicado. O sistema defensivo britânico só caiu após uma jogada genial de Pelé, que chapelou um zagueiro na área antes de fazer o seu primeiro gol em Mundiais.
A França, adversária das semifinais, era apontada como uma das melhores seleções da Copa. Tinha um ataque fantástico, comandado pelo artilheiro Just Fontaine. Mas foi o Brasil quem abriu o placar logo no primeiro minuto, com Vavá.
Fontaine empatou em seguida, mas Didi recolocou a seleção brasileira na frente. No segundo tempo, Pelé desequilibrou. Deu um baile na defesa francesa, fez três gols e garantiu a presença brasileira na decisão.
A final foi disputada contra a Suécia, dona da casa. O Brasil entrou em campo com o uniforme azul, já que na véspera havia perdido o sorteio. De amarelo, a Suécia achou o seu primeiro gol logo aos 4min. Quatro minutos depois, Vavá empatou. Aos 32min, novamente Vavá virou o placar.
Melhor em campo, o Brasil continuou infernizando a defesa sueca. Pelé marcou o terceiro gol logo no começo do segundo tempo. Zagallo, aos 23min, fez o quarto gol. Simonsson ainda descontou, mas Pelé fez mais um e deu números finais à partida: 5 a 2.
Emocionados, os brasileiros deram a volta olímpica no gramado e foram aplaudidos pela torcida sueca. Pelé chorava copiosamente, assim como todos os jogadores da equipe que conquistou o mundo. O Brasil inteiro podia, enfim, soltar o grito de campeão.

terça-feira, 17 de junho de 2014

Ouro Olímpico Barcelona 92 - Vôlei do Brasil


O dia 9 de agosto de 1992 ficará para sempre na memória do torcedor brasileiro. Há 22 anos, a seleção masculina de vôlei conquistava a primeira medalha de ouro olímpica para o Brasil em esportes coletivos.
Em Barcelona, o time então comandado por José Roberto Guimarães fez o país acordar mais cedo para acompanhar a final contra a Holanda. Sem começar a competição entre as favoritas, a equipe verde e amarela conseguiu uma campanha irretocável, com apenas três sets perdidos em todo o torneio e que terminou com a vitória por 3 sets a 0 sobre os holandeses.

A partida começou com um leve domínio dos europeus. Porém, os brasileiros conseguiram se recuperar ao longo da parcial e fechou por 15 a 12, graças ao grande desempenho de Marcelo Negrão.
Com o revés no set inicial, a Holanda sentiu o baque e nem mesmo a estrela Zwerver conseguiu recolocar o time novamente nos eixos, abusando dos erros. Dessa forma, o Brasil não encontrou maiores dificuldades para abrir 2 a 0 e ganhou por 15 a 8.
A equipe europeia voltou para o terceiro set dando sinais de recuperação e chegou a abrir um preocupante 5 a 1. Foi então que o elenco de José Roberto Guimarães brilhou. Empurrados pela torcida, os brasileiros conseguiram abrir 14 a 5 e ficaram a um ponto do ouro inédito.
A bola que definiu a vitória e a medalha veio com um potente saque de Marcelo Negrão, que não deu a menor chance de defesa aos holandeses e fez explodir o tão esperado grito de campeão olímpico.

Veja quem fez parte da campanha do ouro em Barcelona:
Maurício, Talmo, Marcelo Negrão, Janelson, Jorge Edson, Tande, Giovane, Paulão, Pampa, Carlão (capitão), Douglas Chiarotti e Amauri.

Confira a campanha do Brasil no torneio:
Grupo A
Brasil 3 x 0 Coreia do Sul, parciais de 15-13, 16-14 e 15-7
Brasil 3 x 1 Equipe Unificada, parciais de 15-6, 15-7, 9-15 e 16-14
Brasil 3 x 0 Holanda, parciais de 15-11, 15-9 e 15-4
Brasil 3 x 1 Cuba, parciais de 15-6, 15-8, 12-15 e 15-8
Quartas de final
Brasil 3 x 0 Japão, parciais de 15-12, 15-5 e 15-12
Semifinal
Brasil 3 x 1 Estados Unidos, parciais de 12-15, 15-8, 15-9 e 15-12
Final
Brasil 3 x 0 Holanda, parciais de 15-12, 15-8 e 15-5






quarta-feira, 7 de maio de 2014

La Mano de Dios


Gol histórico marcado por Maradona no jogo da Seleção Argentina contra a Inglaterra, válido pelas quartas-de-final da Copa do Mundo FIFA de 1986 até hoje faz parte da memória dos amantes do futebol.
Ao final do jogo, questionado sobre se tinha feito o gol com a mão, Maradona assim respondeu: “Lo marqué un poco con la cabeza y un poco con la mano de Dios

O gol virou tema de livros e filmes na Argentina e foi marcado no Estádio Azteca. Após o zagueiro Steve Hodge chutar a bola para o alto, Maradona correu na direção do goleiro Peter Shilton e, com o punho cerrado, pulou e com a mão jogou a bola por cima do adversário, vinte centímetros mais alto. O árbitro tunisiano Ali bin Nasser validou o gol , revoltando todo o time inglês.

Algumas curiosidades sobre esse gol:

  • La Mano de Dios não foi o primeiro gol que ele fez usando as mãos: em jogo do campeonato italiano de 1984–85 contra a Udinese de Zico, marcou dessa forma e ali, também, a trapaça não fora anulada.
  • Na mesma Copa do Mundo de 1990, na Itália, Maradona voltou a usar a "mão de Deus", dessa vez, não para fazer um gol. Com a mão, ele impediu um gol na partida contra a URSS. O árbitro sueco Erik Fredriksson, não viu nada.
  • Em 2005, Maradona admitiu, em seu programa La Noche del 10, que o gol marcado contra a Inglaterra, em 1986, fora realmente marcado com a mão.

quarta-feira, 9 de abril de 2014

A 17 anos Guga conquistava a França




Há exatos 17 anos, o Brasil entrava no cenário do tênis mundial. Foi no dia 8 de junho de 1997, em Paris, na França, que um tenista franzino, de roupas coloridas e sem muita expressão no ranking da ATP vencia um dos quatro maiores torneios do tênis desbancando uma série de favoritos. Há 17 anos, Gustavo Kuerten, o Guga, vencia o primeiro Roland Garros de sua vitoriosa história.

Com 20 anos na época da conquista, Guga nunca imaginaria que aquele título seria apenas o primeiro de grandes conquistas na carreira. Na verdade, Kuerten nem sabia muito bem como funcionava o torneio. 'Eu entrei em Roland Garros sem ter noção alguma do torneio, sem entender o Grand Slam e acho que isso me ajudou muito. Jamais eu poderia imaginar o que representariam todos esses títulos', disse Guga.

A inocência de Guga pode ser traduzida não só pela sua idade, mas também pelos seus resultados. Guga nunca havia conquistado nenhum torneio do nível ATP antes de Roland Garros. Ele só havia vencido dois torneios do nível Challenger no Brasil. Com pouco mais de dois anos de profissional, Guga ainda era um 'novato' no meio das feras.

E essas feras não eram poucas. O tênis da época era diferente do atual. Não existia um único atleta dominando determinado piso. Nomes como austríaco Thomas Muster, o russo Yevgeni Kafelnikov e o espanhol Sergi Bruguera eram bastante temidos no saibro, tipo de piso de Roland Garros. Os três já haviam vencido em Paris e já ocupavam posições de destaque no ranking mundial.

Quis o destino que durante a jornada para o título, Guga enfrentasse justamente os três. No entanto, antes de encontrar os tops, Guga teria pela frente o tcheco Slava Dosedel e o sueco Jonas Bjorkman. Foram duas vitórias, por 3 sets a 0 e 3 a 1 respectivamente.

Na terceira rodada do Grand Slam francês, o temível encontro com o austríaco Thomas Muster, ex-número um do mundo e campeão de Roland Garros em 1995. Como esperado, um jogo difícil. Foram cinco sets. No final, vitória do brasileiro por 3 a 2 e menos um grande rival pelo caminho.

As oitavas de finais vieram e mais uma pedreira pelo caminho. Era o ucraniano Andrei Medvedev, ex-número quatro do mundo. Mais uma vez Guga levou a partida para a batalha de cinco sets e mais uma vez saiu vencedor por 3 a 2. O garoto franzino de Santa Catarina já despertava a atenção dos franceses.

Nas quartas de finais, o atual campeão Yevgney Kafelnikov. Era o primeiro jogo de Guga na quadra principal do torneio, a Philippe Chatrier. A partida foi complicada como previsto, Kuerten venceu o primeiro set, mas perdeu os dois seguintes. A vitória foi de virada em mais uma batalha de cinco sets. Era o momento de sonhar com o título. 'A nossa expectativa em Roland Garros era ganhar um ou dois jogo, no máximo. Esse resultado para gente já seria excelente, mas fui ganhando todos os jogos. Depois de vencer o Kafelnikov, tive certeza que seria campeão', afirmou Guga

Nas semis, um adversário mais modesto, o belga Filip Dewulf, então número 122 do mundo. Com a confiança de eliminar dois ex-campeões, Guga venceu por 3 a 1 e carimbou o passaporte para a primeira final de um brasileiro em Roland Garros.

O espanhol Sergi Bruguera seria o adversário. Bruguera já havia sido bicampeão na França em 93 e 94. Parecia o fim do jovem Guga. Porém, o que se desenhava como um quadro complicado, acabou por ser um dos jogos mais fáceis de Guga no torneio. Um 3 a 0 sem grandes desencontros e Gustavo Kuerten levantava pela primeira vez o troféu Roland Garros. Troféu esse que seria erguido mais duas vezes, em 2000 e em 2001. Com Guga, o tênis deixou de ser visto apenas como esporte de rico para ser mais um esporte como qualquer outro. Passamos a ser também o país das raquetes, as raquetes de Gustavo Kuerten, que de número 66 do mundo passaria a ser o número um no coração do Brasil.